O VELHO NOVO GOVERNO DE TEMER.

Quem está esperando “o novo” no governo de Temer é bom esquecer , porque onze dos 23 escolhidos para integrar a equipe ministerial do presidente interino Michel Temer (PMDB) já ocuparam pelo menos uma pasta nos governos Dilma Rousseff (PT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

QUEM SÃO ELES?

ELISEU PADILHA (PMDB-RS)

O  novo ministro-chefe da Casa Civil será Eliseu Padilha (PMDB-RS), um dos quadros mais antigos do PMDB. Durante o segundo governo Dilma, entre janeiro e dezembro do ano passado, ocupou a Secretaria de Aviação Civil. Pediu demissão um dia antes de o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, seu correligionário, acatar o pedido de impeachment da presidente Dilma. Durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, foi ministro dos Transportes, entre 1997 e 2001.

ROMERO JUCÁ (PMDB-RR)

O senador foi  líder dos governos FHC, Lula e Dilma no Senado e um dos principais aliados de Temer, cupará a novo ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Em 2005, durante o governo Lula foi ministro da Previdência Social por apenas 60 dias. Foi exonerado após uma série de denúncias contra ele. Pernambucano, Jucá foi governador de Roraima de 1988 a 1990, e presidente da Funai de 1986 a 1988. É presidente em exercício do PMDB desde 5 de abril, quando Temer se licenciou do cargo.

HENRIQUE MEIRELLES (PSD-SP):

Principal nome na área econômica do novo governo, Henrique Meirelles (PSD-SP) será ministro da Fazenda de Temer quase cinco anos e meio após deixar o governo Lula, no qual foi presidente do Banco Central desde 2003. Em 2005, o cargo ganhou status de ministro. No setor corporativo, foi presidente global do FleetBoston Financial e presidente mundial do BankBoston por quase cinco anos, além de ter presidido o banco no Brasil por mais de uma década. Na política, Meirelles foi eleito pelo PSDB como o deputado federal mais votado de Goiás em 2002, com 183 mil votos, mas não chegou a tomar posse, porque assumiu o BC

GILBERTO KASSAB (PSD-SP)

Ministro das Cidades de Dilma do início do segundo mandato até o dia 15 do mês passado, Gilberto Kassab (PSD-SP) passará a ocupar o recém-criado Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Ex-prefeito de São Paulo (2006 a 2013) e presidente nacional do seu partido, fundado por ele, Kassab perdeu a disputa para o Senado em 2014 para o agora colega José Serra, de quem foi vice na Prefeitura em 2005.

HENRIQUE EDUARDO ALVES (PMDB-RN)

Também ex-ministro de Dilma, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) voltará a comandar o Turismo, pasta que ocupou entre abril do ano passado e o fim de março deste ano. Filiado ao PMDB desde 1982, tem a experiência de 11 mandatos de deputado federal consecutivos, foi presidente da Câmara dos Deputados de 2013 a 2015, e é considerado um dos amigos mais próximos de Temer. Perdeu as eleições para o governo do Rio Grande do Norte em 2014.

RAUL JUNGMANN (PPS-PE)

O novo ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), que está como suplente na Câmara dos Deputados, ocupou duas pastas no governo FHC: Desenvolvimento Agrário, de novembro de 1999 a abril de 2002, e de Política Fundiária do Brasil de abril de 1996 a novembro de 1999. Ao longo da vida pública, o pernambucano já presidiu o Ibama e o Incra, foi vereador do Recife e secretário estadual do governo de Pernambuco.

GEDDEL VIEIRA LIMA (PMDB-BA)

Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) é o novo ministro-chefe da Secretaria de Governo e ficará responsável pela articulação política. De 2007 a 2010, no segundo mandato de Lula, foi ministro de Integração Nacional. O peemedebista foi deputado federal por cinco mandatos consecutivos (de 1991 a 2011) e contemporâneo de Temer na Câmara. Na Bahia, perdeu duas eleições consecutivas: o governo estadual para Jaques Wagner (PT), em 2010, e o Senado em 2014, para Otto Alencar (PSD), vice de Wagner.

JOSÉ SERRA (PSDB-SP)

Anteriormente cotado para assumir outras pastas, como a Fazenda ou a Educação, o senador José Serra (PSDB-SP) será ministro das Relações Exteriores. O tucano foi candidato à Presidência da República duas vezes, em 2002 e 2010. Nos governos FHC, foi ministro da Saúde (de 1998 a 2002) e do Planejamento (1995 a 1996). Também foi governador de São Paulo (2007 a 2010) e prefeito da capital paulista --eleito em 2004, causou polêmica ao deixar o cargo em março de 2006, para disputar o governo estadual.

HELDER BARBALHO (PMDB-BA)

O novo ministro da Integração Nacional será Helder Barbalho (PMDB-PA), que ocupou duas pastas no segundo mandato de Dilma. Depois de chefiar o Ministério da Pesca e Aquicultura por oito meses, tornou-se ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos, deixando a pasta no dia 20 do mês passado. Helder é filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que faltou à votação do impeachment nesta quinta. Prefeito de Ananindeua (PA) de 2005 a 2013, candidatou-se ao Governo do Estado em 2014, mas foi derrotado por Simão Jatene (PSDB).

JOSÉ SARNEY FILHO (PV-MA)


Filho do ex-presidente da República José Sarney e deputado federal há oito mandatos consecutivos, José Sarney Filho (PV-MA) voltará ao Ministério do Meio Ambiente, pasta que ocupou entre 1999 e 2002 no segundo governo FHC.


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