JUSTIÇA BLOQUEA BENS DO FILHO DE WALDIR MARANHÃO.
A Justiça do
Maranhão decretou a indisponibilidade de bens do médico Thiago Augusto Azevedo
Maranhão, filho do presidente interino da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão,
até o limite de R$ 235 mil. Para isso, o juiz titular da Vara de Interesses
Difusos Douglas Martins pediu o bloqueio online de ativos financeiros, bloqueio
de veículos devendo constar a restrição de transferência no Detran-MA e
expedição de oficio aos cartórios de registro de imóveis avisando sobre a
decisão.
Thiago Maranhão
foi nomeado no Tribunal de Contas do Maranhão em outubro de 2013 e recebia
salário de R$ 7,5 mil mais R$ 800 referentes ao auxílio alimentação. No
entanto, atuava como médico em outros
estados e fez residência no Rio de Janeiro entre os anos de 2011 e 2014.
O juiz titular da Vara de Interesses Difusos,
Douglas Martins, acatou parcialmente a ação popular que pedia que o dinheiro
fosse devolvido e, também, que fosse feito um recadastramento do quadro de
funcionários do TCE-MA. Ainda de acordo com a decisão, o estado do Maranhão tem
o prazo de 90 dias para realizar o recadastramento de todos os servidores do
Tribunal de Contas para verificar se existem ou não outros funcionários
‘fantasmas’.
Tratando-se de órgão de controle da
Administração Pública a quem compete o julgamento, auditoria e fiscalização na
aplicação de recursos públicos, a completa transparência e esclarecimento dos
fatos interessam ao próprio Tribunal. Por outro lado, o indeferimento da medida
de cautela pode deixar dúvidas de que o tribunal de Contas, com a colaboração
do Poder Judiciário, possa estar ocultando outros servidores em igual situação
à de Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso.
Portanto, justifica-se o deferimento da
medida, a fim de que se previna a existência de outros casos, bem como, se
identificados outros, possibilite-se a sua apreciação e correção pelo próprio
Tribunal de Contas e/ou pelo Sistema de Justiça”, destacou o magistrado em sua
decisão.
ENTENDA
O CASO
Depois que o nome do presidente interino da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão entrou na mídia ao tentar anular o pedido de Impeachment da presidente afastada Dilma, o nome do seu filho foi o primeiro escândalo que veio a público como funcionário fantasma. No dia 09 de maio ele foi exonerado por meio do presidente, conselheiro Jorge pavão.
Logo depois dois advogados entraram com ação popular na Justiça
pedindo o bloqueio dos bens do médico Thiago Maranhão, que recebia salário de
R$ 7,5 mil mais R$ 800 referentes ao auxílio alimentação do Tribunal de Contas
do Maranhão. Ele foi exonerado depois que foi comprovado que estaria
atuando como médico em São Paulo e fazendo pós-graduação na mesma cidade,
enquanto exercia a função no TCE-MA.
O caso está sendo investigado
pelo Ministério Público que estipulou prazo de até dez dias para que o TCE
envie as informações sobre a situação jurídica do funcionário. Thiago Maranhão
é filho do deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA), que também
recebeu salários indevidos segundo nota da Universidade Estadual do Maranhão
(Uema).
Fonte: G1
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