FINALMENTE ELE SAIU PROVISORIAMENTE!!!
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato
determinou o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do
mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Casa. A
decisão de Teori é liminar (provisória).
Um oficial de Justiça foi à residência
oficial do presidente da Câmara logo no início da manhã para entregar
a notificação para Cunha. O ministro Teori concedeu a liminar em ação
pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em dezembro,
que argumentou que Cunha estava atrapalhando as investigações da Lava Jato, na
qual o deputado é réu em uma ação e investigado em vários
procedimentos.
Foram apontadas 11 situações que
comprovariam o uso do cargo pelo deputado para "constranger, intimidar
parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo
de embaraçar e retardar investigações".
Segundo o ministro, a medida visa
neutralizar os riscos apontados por Janot no pedido de afastamento de Cunha.
Apesar da suspensão do mandato, Cunha mantém
os direitos de parlamentar, como o foro privilegiado. Teori destacou que a
Constituição assegura ao Congresso Nacional a decisão sobre a perda definitiva
do cargo de um parlamentar, mesmo que ele tenha sido condenado pela Justiça sem
mais direito a recursos.
Em seu despacho, Teori explica que a decisão
foi tomada quase cinco meses após o pedido porque foi preciso colher a defesa
de Cunha. Ponderou, no entanto, que a medida não significa um “juízo de culpa”
nem como “veredicto de condenação”.
Ao final da decisão, diz que, embora o
afastamento não esteja previsto especificamente na Constituição, se faz
necessário neste caso específico.
Cunha é réu em ação penal acusado de receber
US$ 5 milhões em propina desviada de contrato de navio-sonda do estaleiro
Samsung fornecido para a Petrobras. Também é alvo de mais quatro inquéritos na
Lava-Jato e outros quatro pedidos de novas investigações. Ele nega todas as
acusações.
Com o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara
dos Deputados, que assume é o vice-presidente Waldir Maranhão (PP).
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