UNIVERSIDADES: DOCENTES REJEITA OFERTA DO GOVERNO E A GREVE CONTINUA.
O Andes
(Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior) decidiu
rejeitar mais uma vez a proposta apresentada pelo governo federal para os
professores universitários. A orientação do sindicato nacional para as bases é
para não aceitar a segunda oferta do Ministério do Planejamento, que prevê
reajustes entre 25% e 40% para a categoria.
Até
segunda-feira (30), as assembléias darão uma resposta para os novos termos
colocados na mesa. Nesta quarta-feira, segundo o Andes, a Universidade Federal
de Pelotas e a Universidade Rural do Rio de Janeiro já votaram pela rejeição ao
documento.
O Proifes
(Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino
Superior), sindicato que representa sete instituições, adotou postura contrária
e recomendou a aprovação do reajuste. Além do aumento salarial - o impacto
total da oferta subiu de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,18 bilhões --o governo
sugeriu retirar do texto alguns critérios para progressão na carreira. Esses
itens seriam discutidos em grupo de trabalho, composto por reitores e
representantes das entidades.
O Sinasefe
(Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e
Tecnológica) seguiu postura semelhante ao do Andes --a entidade representa a
maioria dos 38 institutos federais tecnológicos. O coordenador-geral do
sindicato, Gutenberg de Almeida, afirma que pouco mais da metade dos
professores dos institutos são graduados ou especialistas, e, portanto não
seriam beneficiados pelos maiores reajustes, concedidos aos docentes com maior
titulação.
"É um
perfil bem diferente das universidades. A nossa rede não é atingida pelos
percentuais que o governo está divulgando", afirma. Além disso, ele afirma
ser "impensável" assinar uma proposta que não prever reajuste para os
técnicos administrativos das instituições, também em greve.
FONTE: A Folha
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