GOVERNO PROPÕE REAJUSTE DE ATÉ 45% A PROFESSORES FEDERAIS.



RIO - O governo federal propôs nesta sexta-feira (13), um plano de carreira, a vigorar a partir de 2013, às entidades sindicais dos professores dos institutos e das universidades federais, com o objetivo de acabar com a greve que já ultrapassa 60 dias. A proposta reduz de 17 para 13 os níveis da carreira, como forma de incentivar o avanço mais rápido, a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos. O reajuste pode chegar até 45% para professores com doutorado e dedicação exclusiva, ao longo de três anos.

De acordo com o plano, todos os docentes federais de nível superior terão reajustes salariais, além dos 4% concedidos pela MP 568 retroativo a março, ao longo dos próximos três anos. O salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil. Os salários dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva passarão de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. Ao longo dos próximos três anos, a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.
Representante do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), William Carvalho, que está presente na reunião com o governo federal, diz que a proposta precisa ser mais bem avaliada.
— O governo está divulgando que os professores terão aumento de 45% nos próximos três anos, mas esse percentual é o máximo que um mínimo de docentes terá de reajuste. Vai depender de titulação e dedicação exclusiva, e não vão dar o mesmo valor para os aposentados. Há uma série de questões que contrariam o que o governo está divulgando. Vamos nos reunir com os representates dos sindicatos para discutir, mesmo porque até agora não apresentaram o documento por escrito e já começamos a identificar algumas contradições na fala do governo — disse Carvalho.
A greve dos professores já dura 60 dias e atinge 56 das 59 universidades federais além de 34 institutos federais de educação tecnológica. No Rio de Janeiro, UFRJ, UFF, Unirio e UFRRJ estão paradas, além do Cefet-RJ e do Colégio Pedro II.

Fonte: O Globo

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