Temer articulava esquemas de corrupção em favor do PMDB
(Alexandre Schneider/VEJA) |
Há tempos o doleiro Lúcio
Funaro paira como uma espada de
Dâmocles sobre a cabeça de políticos de diferentes partidos. No mensalão, ele
era um dos responsáveis por gerenciar uma parte do dinheiro que movia as
engrenagens montadas para comprar apoio ao governo Lula no Congresso. Pilhado, fechou um
acordo de delação com o Ministério Público e ajudou a pôr na cadeia figurões do
PT e de outros partidos. Mas não se emendou: considerado um exímio especialista
em operações de lavagem de dinheiro, o doleiro apenas atualizou a carteira de
clientes, até ser fisgado de novo em 2016.
Os primeiros indícios
apontavam para uma sociedade com o notório ex-deputado Edurado Cunha (PMDB-RJ). Mas ele tinha parceiros
muito mais importantes. Na semana passada, depois de onze meses de prisão,
Funaro começou a revelar seus segredos. Intimado a prestar depoimento no
inquérito que investiga Michel Temer, o doleiro afirmou que o presidente da
República tinha pleno conhecimento de como funcionavam os esquemas de corrupção
que abasteciam o cofre do PMDB.
Em outras palavras, Temer
sabia que o partido financiava suas campanhas com dinheiro oriundo de propinas.
Não foi a única revelação. Funaro contou também que já se encontrou
pessoalmente com Michel Temer, que chegou a tratar com ele de questões
referentes ao financiamento do partido. O presidente garante que nem sequer
conhece Funaro.
Fonte: Veja
Fonte: Veja
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