MEU "GRANDE ERRO" FOI ROMPER COM DILMA DIZ CUNHA.
O antigo glorioso deputado Eduardo Cunha ontem viveu um dos seus piores momentos, que oficialmente mancha a sua história política. Ele foi expulso por mais de 400 votos e saiu do plenário ouvindo as pessoas dentro e fora e por todo o Brasil, o chamando de ladrão.
Momentos antes da votação, cinicamente o ainda parlamentar em entrevista à Folha disse que cometeu dois “grande erros”: romper com o governo Dilma e atacar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor das denúncias contra ele aceitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e de seu pedido de afastamento do mandato. Cinicamente o peemedebista crítica Temer e afirma que sua eventual cassação fortalece o discurso do golpe.
“O confronto
exagerado que estabeleci [com Rodrigo Janot] acabou chamando uma reação
corporativa do Ministério Público. E, talvez, eu devesse ter ignorado o
governo, não ter partido para o rompimento. Estava convencido que havia articulações
para me constranger. O problema é que eu poderia ter continuado com a minha
certeza e não ter reagido como reagi”, declarou o peemedebista à Folha de
S.Paulo. Segundo ele, sua eventual cassação vai fortalecer o discurso
encabeçado por petistas de que Dilma foi vítima de um golpe e “turbinar” o PT
na disputa eleitoral de 2018.
Cunha também faz
análise pessimista do presidente, Michel Temer (PMDB). Para o peemedebista,
Temer virou “refém” do PSDB e do DEM e poderá ser arrastado pela mesma crise de
representatividade que encerrou precocemente o segundo mandato de Dilma. O
deputado afastado conta, ainda, que vai escrever um livro sobre o impeachment.
O deputado afastado
afirma, ainda, não se preocupar com sua eventual morte política pouco mais de
um ano e meio após assumir a presidência da Câmara. “Quem lida bem com política
sabe que, já dizia Murilo Badaró, ela é a única atividade que você pode morrer
e ressuscitar várias vezes. Já vi muita gente morrer e ressuscitar. Isso não me
preocupa. Já vivi muitas coisas, já vi muita coisa acontecer. É como uma
gangorra. Isso não me preocupa.”
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