UMA VEZ FORMADO, UMA VEZ DETIDO POR LEI.


Os candidatos as vagas dos cursos da Universidade Estadual do Maranhão farão a inscrição já sabendo que ficarão detidos por dois anos no estado após a formatura. É assim que a nova lei que foi promulgada ontem na Assembleia Legislativa de autoria do deputado Manoel Ribeiro (PTB), determina
 Os recém-graduados pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) a partir de agora terão que necessariamente trabalhar por um período de dois anos no Estado, a lei trabalha na estratégia de desenvolvimento do Estado e pretende que os graduados desenvolvam e executem ações, projetos e programas com critérios e condições regulamentadas pela própria UEMA. Estes critérios, por sua vez, serão definidos no ato da matrícula do aluno, quando da aprovação no vestibular.
O texto também estabelece que a UEMA seja responsável por encaminhar semestralmente às secretarias e órgãos do Estado às informações dos profissionais recém-graduados. A lei que desrespeita a constituição no direito de ir e vir busca na concepção do parlamentar evitar a migração dessa mão-de-obra qualificada para outros estados.
A lei é para evitar que alunos de outros estados concorram às vagas da universidade principalmente nos curso de medicina, engenharia e arquitetura e depois de graduados deixe um “vazio” no mercado.
Junto com esta nova determinação surgem as perguntas que talvez não sejam respondidas como: há vagas suficientes no mercado de trabalho para demanda de profissionais recém-formados? A UFMA também vai acorrentar seus graduados? 
Uma vez que o estado não proporciona condições cabíveis  para este novo profissional se inserido no mercado a  migração é inevitável como sempre aconteceu na história social e profissional do Brasil.
Segundo o ex-procurador-geral do Estado Cláudio Pavão não existe a possibilidade que essa regra venha a ser aplicada, a proposta do deputado fere um direito básico do cidadão, o de ir e vir. Será que os parlamentares sejam lá de qual esfera for não conhece pelo menos os princípios básicos da constituição?
  Em vez do deputado e dos “deputados” cria e “aprovarem” uma lei deste nível sem fundamento o mais importante seria cria um fórum de debate para entender (o que já está claro) porque os nossos alunos maranhenses não conseguem aprovação nos cursos mais concorridos da universidade e criarem leis que visam à aplicabilidade de uma educação plena e honrosa para os nossos alunos sem ser pautada neste sistema de educação devassado que temos onde a continuidade da alienação educativa ainda é prioridade.
Como Hugo Freitas fala em seu blog: não é promovendo esse "regionalismo" através da via “legal” que se irá resolver o problema da falta de qualificação dos profissionais formados no Maranhão, muito menos da escassez de vagas no mercado de trabalho.



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