ACARAJÉ FORA DA COPA DO MUNDO 2014



Uma regra da FIFA ameaça proibir a venda de acarajé nas redondezas da Arena Fonte Nova, em Salvador, durante a Copa do Mundo de 2014. A regra da organização da Copa do Mundo e da Copa das Confederações no Brasil afeta diretamente um dos maiores patrimônios do país.

A medida causou revolta nas baianas que comercializam o quitute que já faz parte da cultura brasileira. Obra-prima da culinária baiana, o acarajé pode não ser vendido em meio aos jogos realizados na Arena Fonte Nova. Tudo isto porque a prática entra na categoria comércio ambulante, algo proibido pela FIFA num perímetro de até dois quilômetros das praças de jogos.

A situação tem preocupado principalmente as baianas que vendem acarajé na região da Fonte Nova. "Até agora ninguém me chamou para conversar sobre a situação das baianas. Eram oito baianas lá dentro que tiveram que sair devido à obra. Agora que está tudo novo vão retirá-las? Todas tinham carteira", afirma a presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Vendedoras de Mingau (Abam), Rita Maria Ventura dos Santos.

Uma possibilidade de driblar o problema seria a fritura prévia dos acarajés e posterior venda dentro do estádio. O Comitê Organizador Local da Copa (COL) ainda não se manifestou a respeito do comércio de acarajé na região da Fonte Nova durante as duas competições, em 2013 e 2014.

Em entrevista ao repórter JP o ministro do esporte Aldo Rebelo comentou a possível proibição, que, na opinião dele, sufoca a cultura brasileira. “Ninguém faz uma Copa do Mundo para sufocar sua cultura. O acarajé certamente é um dos símbolos da nossa culinária, então não há nenhum sentido em se criar dificuldade para o acarajé. Pelo contrário, a Copa do Mundo deve funcionar como uma vitrine gastronômica, da culinária brasileira”, afirmou.

Jovempan 

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