EUA DE OLHO NA BASE DE ALCÂNTARA
Ontem
o ministro da Defesa, Raul Jungmann visitou a Base de Alcântara na zona
Metropolitana de São Luís, para conhecer as instalações do centro e o
programa espacial brasileiro.
O
ministro aproveitou para anunciar que quatro países têm interesses em formalizar
parceria com o Brasil para utilização do Centro de Lançamento de Alcântara
(CLA), no estado do Maranhão, são eles: Estados Unidos, França, Rússia e
Israel
O
CLA é a denominação da segunda base de lançamento de foguetes da Força Aérea
Brasileira (FAB). Ele sedia os testes do Veículo Lançador de Satélites e
destina-se a realizar missões de lançamento de satélites. De acordo com o
ministro, qualquer acordo com as partes interessadas se dará sempre levando em
consideração a soberania do Brasil.
“Vou
também procurar o BNDES para que o banco possa apontar formas de fomento para o
centro de lançamento. Em outra frente conversarei com os responsáveis na Casa
Civil da Presidência da República para equacionar as questões de natureza
fundiárias”, concluiu o ministro.
Em
Brasília há conversas avançadas para que os EUA usem a base, que têm uma das
melhores localizações para o lançamento de foguetes com satélites do mundo, por
sua proximidade com a Linha do Equador, e portanto, no ponto mais próximo da
superfície em relação ao espaço. Com isso, há uma economia de cerca de 30% em
combustível para colocar os artefatos em órbita.
“Estamos
tendo prejuízo com a base fechada”, disse o brigadeiro Marcelo Kanitz
Damasceno, chefe de gabinete do Comando da Aeronáutica. Cada lançamento custa
entre R$ 90 milhões e R$ 480 milhões, dependendo de sua complexidade. O uso de
Alcântara é alvo de longa polêmica
Houve
um acordo com os americanos em 2000, que foi esquecido em 2004 após um acordo
firmado com a Ucrânia no governo de Lula (PT). Onze anos e US$ 500 milhões
depois, o acordo fracassou por problemas técnicos, e a então presidente Dilma
Rousseff (PT) o cancelou.
Já
no governo Michel Temer (PMDB), o Itamaraty retomou os contatos com os
americanos. O texto que estava parado no Congresso foi recolhido e está sendo
refeito.
Os EUA estão na
frente para a negociação, mas o objetivo é abrir a base, até porque o programa
de veículos lançadores de satélites brasileiro ainda não se recuperou da
explosão de um foguete em 2003, que matou 21 técnicos.
Comentários
Postar um comentário