O HAITI DE NOVO NO “OLHO” DO FURACÃO DE DESTRUIÇÃO.
Ainda nem deu tempo do povo haitiano se recuperar e esquecer da tarde do dia 12 de
janeiro de 2010, porque as marcas da tragédia ainda estão vivas nos monumentos,
na cultura e na questão sócio economia, o país já está no olho do furação, literalmente.
O país mais pobre da América Latina se deparou de novo
com outra tragédia nesta última terça-feira (04/10). Era 6h45 da manhã quando
os ventos fortes, superou a 200km/h chegaram a região sul do país na cidades de
Jéreme e Les Cayes trazendo chuva, inundações e mais uma catástrofe histórica.
Hoje sexta-feira a passagem do furacão Matthew já deixou
pelo menos 842 mortos segundo as autoridades locais. Há milhares de casas destruídas
e muitos bairros seguem completamente inundados.
Há muitos feridos, desabrigados e desaparecidos. Os moradores
das cidades mais atingidas andam pelas ruas a procura de familiares, tentando
recuperar o que sobrou. Outros sentam
nos escombros com o olhar distante, sem esperança tentando imaginar talvez, o que virá, como
será ?
A Federação
Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC)
busca US$ 6,92 milhões para ajudar a providenciar ajuda médica, abrigos, água e
saneamento durante o próximo ano para pessoas afetadas pelo furacão no país.
Segundo a federação a estimativa é que há mais de um milhão de pessoas afetadas
e centenas de milhares precisam de assistência humanitária.
A TRISTE HISTÓRIA
DO HAITI.
Infelizmente a
história do Haiti é marcada por tragédias, catástrofes, guerras, golpes
militares e muita pobreza. O país foi à primeira república negra do mundo a
declarar sua independência e tem uma população no patamar de 80% vivendo abaixo
da linha da pobreza, com menos de US$ 2 (R$ 3,5) por dia. Dois terços dos haitianos
dependem do setor agrícola e são vulneráveis aos danos ocasionados por
desastres naturais, agravados pelo desmatamento.
De colônia mais rica do mundo no século
17, o país mais pobre do Hemisfério Ocidental, passou os últimos 200 anos martirizado
por golpes militares, violência, corrupção, fome e catástrofes naturais. O
terremoto que praticamente destruiu a capital Porto Príncipe, no dia 12 de
janeiro de 2010 foi a pior das tragédias de sua história.
Estimativas apontam entre 150 e 200 mil
mortos. Setenta e cinco mil já foram enterrados em valas comuns, segundo o
governo haitiano. Entre os mortos estão 20 brasileiros.
Também possui índices recordes de
mortalidade infantil, desnutrição e contaminação por Aids. Em 2008, mais de mil
pessoas morreram e 800 mil ficaram desabrigadas devido a furacões que
devastaram a região, com prejuízos de US$ 1 bilhão.
Agora mais uma vez a natureza com sua
força mortal passa pelo Haiti e deixar o rastro destruição plena com imagens
que chocam o mundo.
Comentários
Postar um comentário