TERMINA GREVE DOS BANCÁRIOS MAS CAIXA ECONÔMICA CONTINUA.

Depois de 30 dias  em greve  com diversos prejuízos econômicos para os clientes,  os bancários decidiram hoje ao final  da tarde em assembleia nas sedes do SEEB-MA, em São Luís e em Imperatriz, por  fim da greve,  Os bancários maranhenses rejeitaram, por ampla maioria, a proposta rebaixada da Fenaban e dos bancos públicos. 

No Sindicato dos Bancários do Maranhão, ficou decidido que toda a rede privada volta às atividades nesta sexta-feira (6) no Maranhão. Na rede pública, apenas o Banco da Amazônia decidiu aceitar a proposta de 8% de reajuste, com abono salarial de R$ 3,5 mil e aumento percentual no vale refeição, alimentação e creche. A Caixa rejeitou a proposta e continua em greve por tempo indeterminado o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil seguem em negociação.

A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) prevê 8% de reajuste salarial e abono de R$ 3,5 mil, além de elevação de 10% no vale-refeição e auxílio-creche e de 15% no vale-alimentação. Os dias parados, ainda de acordo com os bancários, serão anistiados.

A partir de amanhã (07/10), o atendimento ao público nestes bancos será normalizado. Vale ressaltar, porém, que a greve na Caixa Econômica continua por tempo indeterminado, em todo o Estado. 

Nesta sexta-feira (07/10), os bancários realizam ato público em frente à agência da Praça João Lisboa, no Centro. O objetivo é cobrar uma proposta digna, que contemple as reivindicações específicas da categoria. 

REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS:

Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação, participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61, piso salarial de R$ 3.940,24, vales - alimentação, refeição, décima¬ terceira cesta e auxílio creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880), 14º salário, fim das metas abusivas e assédio moral, fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho, mais segurança nas agências bancárias e auxílio educação.

A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,5% mais R$ 3 mil de abono para os trabalhadores. O Comando Nacional dos Bancários diz que essa proposta representa perda real de 2,8% (ao se descontar a inflação de 9,57%).

Os bancários entregaram a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. Já foram discutidos os temas emprego, saúde, segurança e condições de trabalho, igualdade de oportunidades e remuneração. A data base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, são cerca de 512 mil bancários.


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