ESCOLAS VÃO DEIXAR DE VENDER REFRIGERANTES.
A
partir de agosto, Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil vão mudar o
portfólio de produtos comercializados em escolas. A principal mudança,
anunciada em comunicado conjunto nesta quarta-feira, é o fim da venda de
refrigerantes para as cantinas de instituições de educação básica,
com alunos de até 12 anos.
Serão restringidas bebidas como Coca-Cola, Pepsi, Guaraná
Antarctica, Soda, Sukita, Antarctica Citrus, H2OH!, o isotônico Gatorade e o
chá Lipton. As fabricantes afirmam que venderão apenas água mineral,
suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendem critérios
nutricionais específicos (ainda não detalhados).
Para escolas mistas onde o público é majoritariamente menor de
12 anos, serão oferecidos apenas água e suco. Já nas escolas mistas com
predominância de alunos acima de 12 anos, estarão disponíveis todos os
produtos, incluindo refrigerantes, mas em embalagens míni (até 250ml).
"No momento do recreio, os alunos têm acesso às cantinas
escolares sem a orientação e a companhia de pais e responsáveis, e crianças
abaixo de 12 anos ainda não têm maturidade para tomar decisões de
consumo. Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil entendem que devem
auxiliar os pais ou responsáveis a moldar um ambiente em escolas que facilite
escolhas mais adequadas para crianças em idade escolar, assim como estimular a hidratação
e a nutrição, contribuindo para uma alimentação mais equilibrada", diz o
comunicado das empresas.
Na semana passada, foi aprovado em comissão na Câmara dos
Deputados projeto de lei que proíbe a venda de refrigerantes nas escolas de
educação básica. O texto deve passar por outra comissão antes de ir a plenário.
Nutricionistas
divergem sobre fim da comercialização
Profissionais da nutrição não têm opinião única sobre o fim da
venda de refrigerantes em escolas com crianças até 12 anos. Para a especialista
em nutrição infantil Magali Martins, que trabalha com cantinas de duas escolas
particulares de Porto Alegre, parar de vender esse tipo de bebida nas escolas
não deve mitigar o desejo de consumo.
Porto Alegre é a capital brasileira que mais consome
refrigerante, segundo o Ministério da Saúde. Divulgado no ano passado, o
primeiro capítulo da pesquisa Vigitel que monitora os fatores de risco para a
saúde dos brasileiros indicou que, desde 2009, a capital gaúcha mantém a
posição sobre a presença do refrigerante no dia a dia, embora o consumo tenha
caído 10 pontos percentuais em seis anos.
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