ACABA A GREVE DOS BANCÁRIOS.

Seguindo a orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, os bancários do Maranhão realizaram ontem, segunda-feira à noite na sede do sindicato, localizada no Centro  uma assembleia e decidiram encerrar a greve no estado, que durou seis dias. A categoria estava com os serviços suspensos desde o dia 30 de setembro, em todo o país.
 De acordo com informações do presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão (Seeb-MA), José Maria Nascimento, a decisão pelo fim da greve foi pautada na decisão do comando nacional, que decidiu aceitar, em nome da categoria, o reajuste de 12,2% no valor do vale refeição, 8,5% no valor do reajuste salarial e 9% no valor total do piso salarial. “Vamos voltar ao trabalho mesmo considerando a proposta insatisfatória”.

 Mesmo insatisfeitos por não terem conquistado o reajuste salarial de 35%, a reposição das perdas salariais acumuladas, a contratação de mais bancários, participação nos Lucros e resultados (PLR) no percentual de 25% do lucro líquido, distribuídos linearmente e a isonomia de direitos, os bancários voltarão a partir desta terça-feira às suas atividades.Apenas o Banco da Amazônia, e o Banco do Nordeste não aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN).

 No Maranhão, todas as agências de bancos públicos estavam fechadas nas cidades de São Luís, Imperatriz, Codó, Caxias, Estreito, Açailândia, Santa Inês, Caxias, Chapadinha, Itapecuru Mirim, Santa Rita, Humberto de Campos, Pinheiro, Balsas, Timon, Presidente Dutra, dentre outras, totalizando 126 unidades.

 A grande maioria das assembleias realizadas nesta segunda-feira à noite em todo o país aprovou a nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada na última sexta-feira, encerrando a greve nacional. Assim, os serviços nas agências devem se normalizar a partir desta terça-feira. A maioria das assembleias também aprovou as propostas específicas apresentadas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. As propostas do BB, contudo, foram rejeitadas, e haverá novas assembleias nesta terça-feira, em Porto Alegre, Curitiba, Paraíba e Roraima. Já as propostas da Caixa foram rejeitadas em Florianópolis, Bahia, Piauí, Amapá e Roraima.

 A greve também continua no BNB e no Banco da Amazônia. As assembleias dos estados onde os dois bancos atuam rejeitaram a proposta e fazem novas assembleias também nesta terça.

 GANHOS REAIS

 Com os novos reajustes, os bancários acumulam aumento real de 20,7% nos salários e de 42,1% desde 2004, período em que todos os anos conquistaram aumento acima da inflação.

 Em mais uma grande demonstração de sua força, baseada na unidade nacional e na capacidade de mobilização, os bancários conquistam com mais uma greve aumento real pela 11º ano consecutivo, além de avanços importantes em relação às condições de trabalho, principalmente no combate às metas abusivas e ao assédio moral –, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. 

Fizemos uma greve forte durante sete dias, que mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos mudassem sua posição. Conquistamos reajuste de 8,5% e piso de 9%. Com esse índice, em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos. Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição — disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.


Depois de reunir-se com dirigentes dos bancos e ouvir as novas propostas, na sexta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) havia orientado os sindicatos a defender nas assembleias a aprovação das novas propostas de correção de salários.

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