PROFESSOR UNIVERSITÁRIO É PROCESSADO POR RACISMO
O professor universitário Cloves Saraiva, do Departamento de Matemática
da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), que foi denunciado por
racismo no fim do ano passado pelo estudante nigeriano Nuhu Ayuba, está
respondendo a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e, também, a
processo judicial por improbidade administrativa. O Ministério Público
do Maranhão entendeu que o crime de racismo supostamente cometido pelo
professor configurou um crime de improbidade administrativa.
Uma Comissão foi montada para apurar a conduta e foi feito um intercambio de informações com a Justiça. O Processo Administrativo Disciplinar deve ainda durar cerca de um mês. O advogado Felipe Camarão, procurador da Ufma, afirmou que a demora se deve à burocracia do procedimento. "O PAD respeita uma série de procedimentos como notificação, resposta, defesa e relatório que deve ser entregue ao reitor", afirmou o procurador.
Dependendo do resultado, o professor poderá sofrer sanções administrativas como advertência, suspensão ou demissão.
RELEMBRE O CASO:
Uma Comissão foi montada para apurar a conduta e foi feito um intercambio de informações com a Justiça. O Processo Administrativo Disciplinar deve ainda durar cerca de um mês. O advogado Felipe Camarão, procurador da Ufma, afirmou que a demora se deve à burocracia do procedimento. "O PAD respeita uma série de procedimentos como notificação, resposta, defesa e relatório que deve ser entregue ao reitor", afirmou o procurador.
Dependendo do resultado, o professor poderá sofrer sanções administrativas como advertência, suspensão ou demissão.
RELEMBRE O CASO:
No início de 2011, Nuhu Ayuba, 21 anos, cursava o primeiro período de Engenharia Química e afirma que as provocações começaram após as duas primeiras semanas de aula, ao ser visto em companhia de uma colega de cor branca. "Ele falou claramente que se me casasse com uma mulher branca poderia clarear a cor do meu filho", relata. Depois desse dia, o professor teria passado a fazer outros comentários ofensivos, inclusive, em sala de aula.
Até o nome do estudante teria sido usado como motivo de provocação. Nuhu destaca que por duas vezes o professor teria chamado a atenção para a pronúncia da palavra, com entonação obscena.
A primeira ocorreu nos corredores da universidade na presença de um amigo de Saraiva e, a segunda, na sala de aula. O acadêmico diz que na classe o professor viu a reação dos alunos e pediu desculpas.
O nigeriano disse que as humilhações começaram na segunda semana de
curso. 'Nunca discuti ou questionei o professor porque no meu país
aprendi que não devemos desrespeitar ou alterar a voz com os mais
velhos. Por isso, ouvi tudo calado. Ele falou do meu país, da minha cor e
por mais que a maioria tirasse notas baixas, apenas a minha era lida em
voz alta', afirmou.
'Quando cheguei à sala, mal sentei e o
professor me perguntou com quantas onças já briguei na África. Disse
ainda que no meu país as pessoas vivem brigando, diferentemente do
Brasil. Com o psicológico abalado, não consegui me concentrar na prova e
acabei tirando nota baixa.
O
estudante afirma que chegou a pensar que a relação com o professor
pudesse melhorar depois de um tempo. Contudo, a exposição só piorou com
comentários, em voz alta, sobre o desempenho dele nas provas com
afirmações do tipo "tirou uma nota péssima", "aqui somos civilizados",
"você não lê os livros antes de responder as coisas" e até corrigindo
uma prova apenas como "está tudo errado".
fonte: O Imparcial
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