PARALISAÇÃO DE ÔNIBUS CONTINUA 100%
A paralisação 100%
do transporte público em São Luís continua nesta quarta-feira (28). Depois de
quatro horas de reunião entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores em
Transportes Rodoviários do Maranhão, lideranças do Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros (SET), Tribunal Regional do Trabalho (TRT), OAB-MA,
Procon-MA, Câmara Municipal, Governo do Estado, Ministério Público, Associação
Comercial, Sindicato dos Comerciários, Fiema e Fecomercio em busca de uma
solução para o fim da greve dos rodoviários, o impasse continua sem nenhum
acordo entre as partes envolvidas.
As
reivindicações principais da categoria eram 16% de aumento salarial; reajuste
do ticket-alimentação para R$ 500; inclusão de um dependente no plano de saúde,
além da implantação do plano odontológico. A categoria apresentou
uma contra proposta, diminuindo o percentual de reajuste para 11% e o
ticket alimentação de R$ 361,00 para R$ 402,00, mantendo os demais pedidos.
Mesmo assim, os empresários alegaram não poder cumprir esta nova proposta..
É possível que amanhã
haja outro encontro à tarde entre o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte
Rodoviário do Maranhão (Sttrema), lideranças do Sindicato das Empresas de
Transporte de Passageiros (SET) e representantes da Prefeitura. Os empresários continuam na mesmo discussão segundo o
secretário-administrativo do Sttrema, Isaías Castelo Branco, “eles
não aceitaram e disseram que têm um grande prejuízo a cada mês”, disse.
O SET exigiu um pagamento mensal de R$ 4 milhões da Prefeitura de São
Luís, como uma espécie de contrapartida que diminuiria esse prejuízo alegado
pelos empresários. No entanto, o secretário Canindé Barros (SMTT) disse que o
Executivo não poderia bancar o repasse, apenas medidas em médio e longo prazo,
como a instalação de um sistema biométrico facial que ajudaria a identificar os
usuários dos cartões de transporte e os que possuem direito ao passe livre.
Outra proposta a ser estudada, em parceria com o governo estadual, é a
diminuição no ICMS cobrado sobre o valor do óleo diesel.
Paralisação.
Há seis dias os motoristas, cobradores e fiscais do transporte publico deflagraram a greve. Inicialmente com 35% da frota circulando, com as multas aplicadas pelo não cumprimento de decisão proferida pela desembargadora do TRT-MA, Ilka Esdra de 70% da frota circulando, começaram no dia seguinte com 59%; no sábado e domingo a frota circulou normalmente; ontem, 63%; e, nesta terça, a paralisação foi total.
Durante as negociações, o SET não apresentou propostas. O presidente do
SET, José Luiz de Oliveira Medeiros, disse que os empresários não têm como
bancar qualquer reajuste ou benefício. Segundo ele, desde o fim de 2009, a cada
mês os empresários acumulam um prejuízo superior a R$ 9 milhões.
Enquanto isto o transporte alternativo regular e irregular estão
lucrando. A movimentação de vans, táxi lotação e moto taxistas nas ruas da
capital foram intensos durante o dia.
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