O ADEUS A VELHA KOMBI.
A Kombi está chegando ao seu fim. O
utilitário sofre de cansaço com os 56 anos de trabalhos ininterruptos embora
ainda seja o modelo mais vendido de sua categoria. A "velha senhora"
carrega um fardo: ter o título de primeiro produto da Volkswagen a ser fabricado
no Brasil e o veículo com mais tempo de produção no país.
E, para celebrar a conquista da Kombi, a VW lançará em outubro a
última série especial do utilitário. A versão comemorativa terá pintura do tipo
"saia e blusa", com a parte de baixo colorida e a "blusa"
branca, semelhante à série especial que comemorou os 50 anos de carreira. Os
preços devem ficar em torno de R$ 42.000 e R$ 45.000.
Enquanto isso, a produção da Kombi segue em ritmo acelerado para
ter um estoque do modelo. Porém, devido à nova legislação, que exige freios com
ABS e duplo airbag, não haverá jeito: ela precisará deixar a linha de produção
e não tem ainda um substituo à vista.
A Kombi é detentora de muitos recordes e curiosidades. Nem todos
eles são motivos de orgulho. O modelo começou a ser produzido no país em 1957,
época em que apenas veículos como Jeep Willys, DKW Vemaguete e Ford F-100 eram
fabricados. Mas a van já era vendida no Brasil desde 1950, menos de um ano
depois de seu lançamento na Alemanha.
Hoje, o modelo, obviamente, carrega sinais da idade. A Kombi é o
único veículo do Brasil a utilizar quebra-ventos, maçanetas de gatilho,
para-choques de metal e câmbio manual de quatro marchas. Também está sozinha
quando se trata em não oferecer ar-condicionado e direção hidráulica, nem como
opcional. Além disso, foi o último carro do país a utilizar carburador e só
ganhou injeção eletrônica em 1997, quando a legislação exigiu.
Folha
de São Paulo
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