PROLIFERAÇÃO DE BACTÉRIAS EM GARRAFINHAS DE ÁGUAS.


As altas temperaturas exigem hidratação, e nada melhor do que uma garrafa com água sempre à mão para matar a sede. Práticas e fáceis de serem transportadas, as “squeezes”, ou garrafinhas de plástico, são consideradas ecologicamente corretas, pois dispensam o uso de copos descartáveis ao longo do dia, mas precisam ser bem higienizadas para não se tornarem transmissoras de bactérias nocivas à saúde.
Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM), Carla Taddei esclarece que a higienização reduz os riscos de contaminação por bactérias do ambiente e bactérias patogênicas intestinais (provenientes de manipulação), além de protozoários e vírus do trato respiratório e intestinal. “As garrafas que são muito manuseadas são mais propícias à contaminação. Todos os objetos manuseados com mais frequência têm esse risco”, alerta.
Por isso é preciso lavá-las diariamente. O biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria, explica que o objeto deve ser lavado com detergente e uma escova de cerda macia, como as escovas de mamadeira. “Deixe secar no escorredor virada para baixo”, diz Figueiredo.
O plástico não deve ter arranhões ou fissuras que podem servir para alojar micro-organismos. Outro cuidado importante é observar o componente da garrafa. “As que são feitas de policarbonato devem ser evitadas, pois contêm bisfenol A – material associado a incidência de obesidade, problemas cardíacos, diabetes, câncer na próstata e mama, puberdade precoce e tardia, abortos, anormalidades no fígado em adultos e no desenvolvimento hormonal em crianças e recém-nascidos.”
Figueiredo explica, ainda, que a garrafa de policarbonato, ao ser deixada em altas temperaturas, dentro de um carro sob o sol, por exemplo, é capaz de liberar o bisfenol em maior quantidade. “Use somente garrafas que não sejam de policarbonato ou que tenham a sigla BPaFree ou Livre de Bisphenol.” 
As garrafas PET não devem ser reaproveitadas, pois também contêm a substância bisfenol. Além disso, segundo a microbiologista Carla Taddei, esse tipo de garrafa tem grande risco de acúmulo de sujeira e proliferação de micro-organismos.

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