O monstro Corumbá é condenado a 22 anos de prisão
O monstro
José Vicente Matias, o “Corumbá”, foi condenado ontem (22) em sessão do Júri
Popular realizada, na comarca de Alcântara, a de 22 anos, quatro meses e 15
dias de reclusão, pela acusação da morte de uma turista espanhola no município
de Alcântara, crime ocorrido em 2005. Ele deverá cumprir a pena no regime
inicialmente fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães, antigo CEPAIGO, do
Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia-GO, onde já se encontra cumprindo
pena.
O júri foi
presidido pelo juiz Rodrigo Terças, titular de Alcântara. Segundo a denúncia
oferecida pelo Ministério Público à época, Corumbá teria de forma fria e cruel
assassinado a turista espanhola, Nuria Fernandez Collada, ele a conheceu em
São Luís, e após ter conquistado a confiança da estrangeira, viajaram
juntos de barco Catamarã para Alcântara.
O serial killer contou em depoimento da época que depois de matar a turista a pauladas chegou a beber o sangue e comer parte do cérebro da vítima. O hippie assassino ainda dançou em volta do corpo e acendeu vários incensos. Conforme a denúncia e o próprio depoimento do réu, ele e a vítima teriam tirado algumas fotografias das ruínas. Em seguida, se dirigiram até a praia de Itatinga, onde ocorreu o crime.
A sentença negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, entendendo persistirem os motivos da prisão e buscando a garantia da ordem pública, dada a reiteração de crimes da mesma natureza praticados por ele, podendo causar risco à sociedade caso seja posto em liberdade.
OUTROS CASOS:
Na lista de assassinatos atribuídos a corumbá, estão outros dois crimes na Bahia e em Minas Gerais: A hippie Simone Lima Pinho foi morta a pauladas e a pedradas em lençóis, na Bahia, em junho de 2000. A outra morte foi de Nathalia Canhas Carneiro, de 15 anos, que foi assassinada em 1999 na cidade mineira de Três Marias. Corumbá está preso em Goiânia, onde cumpre pena de
24 anos de prisão por causa da morte da turista israelense Katryn Rakitov.
Ele agia sempre em cidades turísticas e se passava por artesão. Os crimes violentos que praticava ganharam repercussão internacional por causa das vítimas estrangeiras que escolhia. Além da Núbia, no Maranhão, Corumbá também foi acusado de matar a turista alemã Maryanne Kern, de 49 anos. O corpo dela foi achado com sinais de espancamento em uma cova rasa feita em uma praia de Barreirinhas.
Corumbá é acusado de ter matado pelo menos 6 mulheres. Em 2016, foi condenado a 24 anos de prisão pela morte da turista israelense Katryn Rakitov, crime ocorrido em 2004, na cidade de Pirenópolis, em Goiás. Em 2018 foi condenado a 23 anos de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Lidiayne Vieira Melo, ocorrido em 2004, em Goiânia.
Na época, testemunhas fizeram um retrato falado do suspeito, que foi identificado depois que a polícia localizou em Goiânia, Valéria Veloso. Ela disse que viajou para o Maranhão na companhia de Corumbá pouco antes dos crimes.
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