POSSÍVEÍS FRAUDES EM NOTAS DE ALUNOS DA UFMA SERÃO APURADAS .



O reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado Filho, baixou uma portaria que instaura sindicância para apurar possíveis fraudes na instituição, conforme denunciou o professor Wildoberto Batista Gurgel, do Departamento de Filosofia, conhecido no meio acadêmico como Ayala Gurgel. O docente fez a denúncia em um microblog de uma rede social. Entre as denúncias está o suposto caso ocorrido no semestre passado em que uma aluna teve sua nota lançada no sistema da universidade e aprovada na disciplina ministrada pelo referido professor mesmo sem realizar provas. Gurgel listou no microblog outros seis casos semelhantes de alterações de notas de alunos na UFMA ocorridos nos últimos 10 anos e ainda um caso de plágio em tese de doutorado, defendida em outra universidade.  A possibilidade de fraude foi analisada em reunião pela administração superior da UFMA e pelo procurador-geral da instituição.

Segundo o reitor, fatos como esse podem acontecer em qualquer universidade. “Após apurarmos os fatos, chegamos à conclusão de que não há, no âmbito da universidade, tramitando em seus conselhos, nenhum processo por denúncias, quer seja de professor, ou de alunos”, afirmou. A comissão de sindicância instaurada pela universidade é composta por três membros (um discente, um docente e um técnico Administrativo )  e terá o prazo de 30 dias para ouvir o professor envolvido, concluir a apuração dos fatos e apresentar relatório à administração superior. Para isso, a comissão terá acesso a todos os setores da UFMA, à documentação necessária para elucidação do caso, além de poder convocar alunos, professores e servidores que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos. “Comprovados os fatos, serão tomadas as devidas providências. Se o professor não conseguir provar o objeto de denúncia, será aberto processo disciplinar contra ele.A comissão poderá sugerir ou não à reitoria a demissão sumária dele por práticas não cabíveis no exercício como servidor público”, declarou Salgado.
A universidade se comprometeu em continuar a fazer uma varredura e deixar à disposição da comunidade sua ouvidoria para receber denúncias que possam surgir. A UFMA também já comunicou ao Ministério Público para que tenha ciência sobre o caso, suas determinações e da instauração de sindicância. “A atual gestão da universidade não compactua com desvio de conduta, já tendo oportunidade de abrir processo e demitir professor por não frequentar a sala de aula, consequentemente não cumprindo a carga horária, mas dando a ele direito de defesa. A instituição também denunciou fraude em concurso público que foi cancelado e tão logo providenciado novo processo seletivo”,  destacou.

O Departamento de Filosofia lamentou a postura do professor Ayala Gurgel, considerando ofensivas  suas acusações e uma ameaça à imagem do curso. O chefe de departamento, José Fernandes, explicou que a aluna citada teve problemas de saúde durante o semestre, o que a impossibilitou fazer exames para aprovação na disciplina. A estudante solicitou ao departamento o direito de fazer prova de segunda chamada apresentando documentação necessária, o que foi negado pelo professor. “Frente aos direitos da aluna, o departamento determinou em assembleia uma junta composta de três professores que ficou responsável por avaliá-la. A estudante foi aprovada por mérito. Esta é uma prática legítima e legal da universidade. Por isso, concordamos com a sindicância e inquérito policial, negando qualquer  envolvimento do departamento com as supostas práticas apontadas pelo professor”, explicou José Fernandes, em nota.
Anderson Corrêa
Da equipe de O Estado

Comentários

  1. O processo administrtivo já foiconcluído e o professor foi demitido no mês de dezembro de 2012. O uqe pode ser comprovado no Diário Oficial da União (DOU), dia 11 de dezembro de 2012.

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