O presidente dos EUA, Donald Trump, faz seu primeiro discurso em uma
Assembleia Geral das Nações Unidas, e afirmou que vai "destruir
totalmente" a Coreia do Norte, caso não tenha outra escolha.
Trump, que chamou o regime de Kim Jong-Un de "depravado",
afirmou "é hora de Coreia do Norte aceitar que a desnuclearização é o
único futuro possível" e agradeceu à China e à Rússia por terem votado a
favor da impor sanções contra o regime, após um teste nuclear realizado no mês
de setembro.
Trump ainda afirmou que a comunidade internacional deve "fazer
mais" contra a Coreia do Norte. "É hora que as nações trabalhem
juntas para isolar o regime de Kim até ele cesse seu comportamento
hostil", afirmou, chamando o comportamento de Kim de "missão
suicida".
De acordo com informações da Reuters, apenas um diplomata da delegação
norte-coreana ficou dentro da sala enquanto Trump fazia seu discurso. Ja Song
Nam, embaixador da Coreia do Norte na ONU, foi visto saindo do local antes da
fala do líder norte-americano.
Interesses Nacionais
Em sua fala, Trump também foi categórico ao dizer que vai defender os
interesses dos Estados Unidos acima de tudo. O mandatário enfatizou, em sua
fala, os tempos "perigosos" e as novas ameaças que o mundo vive, ao
afirmar que os terroristas e extremistas chegaram a todos os cantos do planeta.
Crítico
Trump criticou a ONU em diversas ocasiões, especialmente durante sua
campanha eleitoral. "Onde se vê as Nações Unidas? Alguma vez consertaram
algo? É só como um jogo político", disparou Trump em um comício no ano
passado. O republicano também é contrário ao “tratamento que ONU destina a
Israel”, especialmente no que tange os assentamentos.
Já como presidente eleito, ele defende uma reforma no sistema da
organização, com o objetivo central de reduzir a contribuição norte-americana
para a ONU, e não deixou de falar disso em seu discurso, chamando de
"injusto" o financiamento do organismo.
Os Estados Unidos são o principal financiador dessa organização criada
no final da Segunda Guerra Mundial, mas Trump ameaça reduzir drasticamente
esses fundos. Hoje, os EUA contribuem com 28,5% do orçamento das operações de
paz, de US$ 7,3 bilhões, e com 22% dos US$ 5,4 bilhões do orçamento que mantém
a ONU funcionando.
Para o secretário-geral da ONU, o português Antonio Guterres, a medida
criaria "um problema insolúvel" para a instituição.
Fonte: G1
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