ARMAS DE CRIMINOSOS SERÃO UTILIZADAS PELA POLICIA
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou que as
armas de fogo apreendidas com criminosos poderão ser doadas a órgãos de
segurança pública. O decreto que trata da questão foi publicado no Diário
Oficial da União desta quinta-feira. Os policiais poderão utilizar fuzis e
metralhadoras retirados do crime, que antes eram destruídos. A declaração foi
dada em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, na assinatura de convênio com o
governo paulista.
De acordo com o Decreto 8.938, “as armas apreendidas serão encaminhadas
pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de 48 horas, para
destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas”.
Segundo o ministro, o decreto passa a autorizar que as polícias possam
utilizar fuzis, metralhadoras e armamentos que apreendem, desde que peçam
autorização. “Esse armamento vai ser cadastrado e o armamento deve estar em boa
utilização. Isso é importantíssimo”, disse o ministro, que acredita que a
medida trará economia aos cofres públicos.
Moraes disse que somente este ano, somando todas as polícias estaduais,
a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal foram apreendidos 873 fuzis.
“Pelo preço do dólar, US$ 8,5 mil dólares cada fuzil, mais os custos de
importação, são R$ 30 milhões que as forças de segurança do país acabam
economizando só dos apreendidos esse ano”, disse Moraes. Segundo ele, há outros
armamentos que foram apreendidos nos anos anteriores e que o Exército ainda
está guardando.
“A partir de agora cada polícia que apreendeu tem prioridade no
recebimento. No final do ano [de 2016] e em janeiro [de 2015], nós vamos
iniciar essa distribuição [dos armamentos]”, disse o ministro.
Para que haja o repasse das armas, os órgãos de segurança pública ou das
Forças Armadas responsáveis pela apreensão terão que manifestar interesse pelas
armas apreendidas. O pedido deverá ser feito ao Ministério da Justiça e
Cidadania ou ao Comando do Exército no prazo de até dez dias, contado da data
de envio das armas ao Comando do Exército. As pastas avaliarão o pedido.
Se o órgão que apreendeu, não manifestar interesse, os demais órgãos de
segurança pública poderão fazer a solicitação das armas.
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