DILMA, RUMO AO CALVÁRIO.
Depois de um longo
percurso rumo ao calvário, a presidente afastada Dilma Rousseff chega ao gólgota para sua possível crucificação no senado. Hoje (28/domingo) os escribas, fariseus e doutores da Lei se reuniram para traçar estratégias e perguntas antes da fala de Dilma no Senado, marcado para as 9h desta segunda-feira (29). Senadores da base aliada do
governo do presidente interino Michel Temer, favoráveis ao impeachment, deve se reunir na liderança do PSDB no Senado, amanhã às 11h. O encontro servirá para discutir os questionamentos que serão feitos na oitiva da presidenta afastada.
Os aliados de Dilma também devem se reunir para
tratar do depoimento da petista na fase final do julgamento. A expectativa é
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reuniu na sexta-feira
(26) com Dilma, no Palácio da Alvorada, retorne a Brasília para ajudar na
articulação contra o impeachment. Já a presidente afastada fecha os detalhes do
discurso que fará amanhã.
Já a presidente afastada, Dilma terá 30 minutos
no Senado, para apresentar sua defesa. O tempo poderá ser estendido a critério
do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Em
seguida, ela responderá aos questionamentos dos senadores. Cada parlamentar
terá até cinco minutos para seus questionamentos.
Mais de 40
parlamentares estavam inscritos para questionar a presidente afastada. O tempo
de resposta de Dilma é livre e não será permitida réplica e nem tréplica. Dilma
também poderá deixar de responder as indagações dos senadores. Ela também
responderá a eventuais questões formuladas pela acusação e pela defesa.
O depoimento de Dilma será acompanhado no
plenário por cerca de 30 convidados dela. São esperadas a presença de Lula, do
presidente do PT, Rui Falcão, vários ex-ministros de seu governo, além de
assessores e pessoas próximas. A proximidade do encerramento do processo
de impeachment também será marcado pela intensificação das manifestações pró e contra o impeachment.
Às vésperas da votação final do processo de
impeachment de Dilma Rousseff, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB),
estima que os defensores do afastamento definitivo da presidente da República
já contam com 60 votos para destituí-la do comando do Palácio do Planalto.
Aliado da petista, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirma que os dilmistas
contabilizam 31 votos para barrar o impeachment.
Para Dilma ser afastada definitivamente da
Presidência, é necessário que, ao menos, 54 senadores (equivalente à maioria
absoluta do Senado) votem favoravelmente ao impeachment. Se esse número de
votos não for alcançado na votação final do julgamento, a petista retorna
imediatamente ao comando do governo. Ainda não há uma data precisa de
quando ocorrerá a votação, no entanto, a expectativa é de que o julgamento se
encerre entre terça (30) e quarta-feira (31).
Comentários
Postar um comentário