EX-PREFEITA É SOLTA APÓS DECISÃO DA JUSTIÇA

Após o anúncio da revogação da prisão preventiva da ex-prefeita do município de Bom Jardim Lidiane Leite da Silva, o juiz Magno Linhares da Segunda Vara de Justiça do Maranhão, durante entrevista coletiva prestou esclarecimentos da decisão.  A soltura ocorreu após pedido da defesa, que alega que a mesma não praticou os fatos pelos quais é investigada.

“A decisão da Justiça Federal surge com fundamentação do próprio relator do processo que justificou a soltura pela não obstrução a coleta de provas e possível reiteração de crimes caso a gestora permanecesse no cargo”, justificou o juiz, Magno Linhares.

Ele informou ainda que a prisão preventiva se deu através de uma medida cautelar, uma vez que a Lidiane Leite não oferece perigo e que o recurso de soltura não é uma antecipação do crime.  “A prisão da mesma é desnecessária. A medida cautelar está sujeita a modificações”, pontou.
Lidiane Leite foi solta na tarde desta sexta-feira. O monitoramento dela será feito por equipes especializadas da Secretaria de Segurança Pública, através de tornozeleira eletrônica.

ENTENDA O CASO

O juiz federal Magno Linhares, da 2ª Vara da Justiça Federal no Maranhão, alegou em documento oficial divulgado no início da tarde desta sexta-feira, que são ilógicos os fundamentos que determinaram a prisão preventiva de Lidiane, uma vez que ela ainda estava sendo investigada.

 Assim, ao ser afastada do cargo de prefeita, Leite estaria impossibilitada de fazer qualquer tipo de interferência na coleta de provas no âmbito daquela municipalidade. Quanto aos demais investigados que também foram exonerados de suas funções exercidas na prefeitura, Magno Linhares demonstrou não ser conivente com eventual conduta ilegal por eles praticada.

Também foi oficialmente notificado que, havendo prova da existência do crime e indício suficiente de autoria, a prisão preventiva poderá ser novamente decretada como garantia das ordens pública e econômica para assegurar a aplicação da Lei.


PRISÃO
A ex-prefeita Lidiane Leite estava presa desde o dia 28 de setembro no quartel do Corpo de Bombeiros  do Maranhão (CBM), após se entregar na sede da Polícia Federal, em São Luís. Ela ficou foragida por 39 dias depois de ter sua prisão decretada pela Justiça. Lidiane Leite é investigada pelo desvio de verbas destinadas à educação e irregularidades encontradas em contratos firmados com "empresas-fantasmas".

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