CUBA SAI NA FRENTE E ELIMINA O TRANSMISSOR DO HIV.
Cuba se tornou o primeiro país do mundo a eliminar
a transmissão de HIV e sífilis de mãe para filho. A conquista foi validada no
dia 30 de junho, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que ressaltou o papel
do sistema de saúde cubano, focado na atenção básica, no processo de
eliminação.
A OMS considera eliminada a transmissão vertical do
HIV quando se registram menos de dois casos para cada cem bebês nascidos de
mulheres infectadas.
No caso da sífilis, a taxa deve ser inferior a 0,05
casos a cada 2 mil nascidos vivos. Em Cuba, apenas dois bebês nasceram com HIV
e cinco com sífilis congênita em 2013, o que coloca o país dentro dos
parâmetros solicitados pela entidade para a dupla validação.
“Eliminar a transmissão de um vírus é uma das
maiores conquistas possíveis na saúde pública. É uma grande vitória na nossa
luta contra o HIV e contra as infecções sexualmente transmissíveis, e um
importante passo para termos uma geração livre da aids”, disse Margaret Chan,
diretora-geral da OMS.
Uma missão internacional de especialistas visitou a
ilha caribenha em março de 2015 para validar o progresso da eliminação da
transmissão vertical das duas doenças. Na ocasião, foram visitados centros de
saúde, laboratórios e órgãos governamentais para a coleta de dados.
Os especialistas que participaram da visita
reconheceram a importância dos esforços do governo cubano para assegurar à
população um pré-natal adequado, testes de sífilis e HIV e tratamento às
gestantes, seus parceiros e os bebês.
Outros países: . Segundo a OMS, outros seis países
e territórios das Américas estão em condições de solicitar a validação de
eliminação de HIV e sífilis: Anguilla, Barbados, Canadá, Estados Unidos,
Montserrat e Porto Rico. Além disso, oito países da região teriam eliminado a transmissão
vertical de HIV e outros 14, a de sífilis.
O ministro da Saúde cubano, Roberto Morales Ojeda,
disse que o país está disposto a auxiliar outras nações na busca pela mesma
validação. “Estamos totalmente à disposição para ajudar outros países.”
O número de crianças nascidas na América Latina e
Caribe com HIV caiu quase 80% em uma década. Em todos os países de baixa e
média renda, dobrou o número de grávidas com HIV que recebem tratamento para
prevenir a transmissão vertical. Em todo o mundo, sete em cada dez gestantes
soropositivas recebem o tratamento.
O desafio, porém, ainda é grande. A OMS estima que
cerca de 1,4 milhões de mulheres infectadas pelo vírus da aids ficam grávidas a
cada ano no mundo. Se as gestantes não recebem o tratamento antirretroviral
durante a gestação, o risco de transmissão do vírus para o bebê é de até 45%.
Se são tratadas, a chance de contaminação da criança cai para 1%.
No caso da sífilis, são aproximadamente 1 milhão de grávidas infectadas
pela doença por ano em todo o mundo. A doença pode levar à morte do bebê,
malformação fetal ou infecções neonatais graves.
Fonte: O Estadão.
Comentários
Postar um comentário