ALUMAR COMEÇA A DEMITIR.
O
Consórcio de Alumínios do Maranhão (Alumar/Alcoa) anunciou no dia 30 de março o
desligamento temporário da Linha 1 da Sala de Cubas em São Luís, eliminando a
produção de alumínio primário, alegando falta de competitividade, com a
consequente demissão de 650 trabalhadores do quadro. Com a decisão, a empresa
passa a ampliar a produção de alumina na Refinaria e a operação portuária.
Na
última segunda-feira (06) a ALUMAR deu início ao processo de demissão em massa O
setor de recursos humanos da empresa sediada em São Luís (MA) está notificando
de forma individual os trabalhadores da Redução setor que segundo a Multinacional,
terá as atividades encerradas.
Segundo
o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos – SINDMETAL, apesar de ter anunciado as demissões a empresa faz um
tipo de encenação no processo de desligamento, colocando os trabalhadores em
uma espécie de “licença remunerada”, onde os mesmos são dispensados de
comparecer à empresa nos próximos trinta dias. “A empresa está mandando os trabalhadores
para casa com o único intuito de isolá-los e desmobilizar a categoria que luta
pela manutenção dos seus empregos”, denuncia José Maria Araújo, presidente do SINDMETAL.
O
anúncio de demissão em massa por parte da multinacional causou espanto em toda a sociedade maranhense e
brasileira. Veículos locais e nacionais de comunicação vêm dando destaque à
falta de compromisso da ALCOA no Brasil, empresa que possui diversos benefícios
e isenções fiscais.
Diversos
deputados estaduais do Maranhão fizeram discursos reiterando a perplexidade pelo número de demitidos. A
Assembleia Legislativa do Maranhão realizará uma Audiência Pública nesta
quarta-feira, dia 8 de abril, às 15:00 horas no auditório da instituição com o
objetivo de cobrar explicações sobre a situação da empresa, produtividade,
lucro, demandas, contrapartida social, entre outros.
No ano passado, nesta mesma
época (28 de março), a Alumar anunciou a demissão de 500 trabalhadores,
alegando altos custos no preço da energia e outros gastos. Com a atuação do
sindicato frente ao Ministério Público do Trabalho e à Justiça do Trabalho, as
demissões foram reduzidas para 333 empregados, com garantia de salário extra ao
pago na rescisão e prioridade em caso de reabertura da linha de produção.
O fechamento do setor
industrial da Alumar só reforçar uma crise que a indústria no Maranhão veem
sofrendo nos últimos anos. Baseado em dados (2014) fornecido pela FIEMA, hoje 101.242 pessoas estão no mercado
industrial no Maranhão, em 2013, o número de empregos na indústria maranhense
era 109.516. Foram oferecidos no ano passado 71.432 empregos no setor e mesmo ano
teve 79.706 demissões. Não houve crescimento no setor de 2013 para 2014, e a
queda foi de 7,6%.
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