ESTADO DE SAÚDE DA JORNALISTA DA TV GLOBO É GRAVE.


A jornalista Sandra Moreyra, repórter da TV Globo conhecida pelo largo sorriso, segue internada na CTI do Hospital Samaritano, em Botafogo. Ela passou por uma cirurgia para retirada de um câncer no esôfago na última segunda-feira, o procedimento durou mais de 12 horas e, segundo os médicos, ela perdeu muito sangue. Sandra segue internada, em estado grave. A família chegou a pedir doações de sangue, mas a assessoria de imprensa do Samaritano afirma que a demanda não provém por orientação do hospital.

Sandra descobriu que está com um câncer no esôfago em agosto de 2013. A experiente jornalista postou na sua página do Facebook que estava com câncer, doença que vencera há cinco anos, após uma cirurgia e sessões de radioterapia e quimioterapia.
A jornalista realiza seu tratamento duas vezes por semana no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, que vai durar 4 meses.
Hoje com 40 anos de profissão, Sandra Moreyra faz parte de uma família de jornalistas. Já são cinco gerações. Sua irmã, Eugenia, é diretora da Globo News. O bisavô paterno delas, um gaúcho que trabalhava com comércio de atacado, nas horas vagas colaborava com um jornal do Rio Grande do Sul. O avô, Álvaro Moreyra, era escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos. Sandro Moreyra, um reconhecido jornalista esportivo. A filha de Sandra, Cecília Figueiredo, formou-se em jornalismo e trabalha como documentarista.
Sandra Moreyra já dedicou praticamente 40 anos de sua vida ao jornalismo, e continua a fazê-lo. Talvez por isso seja difícil apontar em sua longa carreira uma cobertura, entre tantas e tantas, que considere mais importante ou que tenha tido maior ressonância. 
Mas não titubeia ao apontar uma de suas matérias mais marcantes, que mexeu com ela não apenas como profissional, mas particularmente como ser humano. Foi à reportagem que fez sobre o enterro das vítimas de uma chacina em Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro. Era o fim de agosto de 1993, e a violência mexera com toda a cidade, de tal forma que abalou a própria autoestima dos cariocas. “Na hora de escrever o texto, a matéria tinha uma carga de emoção tão forte, da dor daquelas pessoas, da violência, que pensei: ‘Tenho que botar isso nas palavras mais simples’. Quando a matéria entrou no ar, foi um soco no estômago. 
Ela estava muito mais forte do que eu poderia imaginar, porque consegui exatamente isso, lidar com a realidade sem querer ser mais do que ela, sem querer aparecer mais. Aquilo era tão forte, que as imagens falavam por si; o texto era só uma pequena costura. No dia em que fiz aquela matéria foi quando senti: ‘Puxa vida, cresci. Que bom!”, conta.

 Fonte: Jornal de Hoje. O Globo 

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