ANDROID É O PRINCIPAL ALVO DOS CYBERCRIMINOSOS.
SÃO PAULO - O número de ameaças
virtuais criados para atingir celulares e tablets cresceu 58% ao longo de 2012,
de acordo com novo relatório da Symantec, fabricante do antivírus Norton. Do
total, 32% das amostras analisadas pela empresa tentavam roubar dados pessoais
dos usuários, como endereços de e-mail, números de telefones de contatos e até
mesmo a geolocalização do usuário, registrada por meio do GPS do aparelho.
O crescimento das ameaças para
dispositivos móveis é impulsionado pela adoção do Android, que, no fim de 2012,
estava em 72% dos smartphones vendidos em todo o mundo, segundo a consultoria
Gartner, enquanto o iPhone, da Apple, detinha 14% do total. "O Android é o
principal alvo por ter maior participação de mercado e também por oferecer um
ambiente mais aberto aos desenvolvedores", diz André Carrareto, estrategista
em segurança da Symantec no Brasil.
O estudo mostra que as ameaças para
Android representaram 97% de todas as registradas pela Symantec em 2012. No
caso do iOS, da Apple, apenas uma única ameaça foi encontrada no período
analisado. "O iOS teve mais vulnerabilidades que o Android documentadas,
mas oferece um ambiente mais controlado, que é menos propício para a
disseminação de ameaças", diz Carrareto.
Aplicativos
A Apple analisa todos os aplicativos criados
por terceiros antes de disponibilizá-los por meio de sua loja de aplicativos, a
App Store. No caso do Android, o Google não analisa os aplicativos
desenvolvidos antes de colocá-los à disposição dos usuários no Google Play, o
que permite a publicação de aplicativos com código malicioso.
Segundo a Symantec, o uso do
jailbreak, realizado por usuários do iPhone que desejam usar aplicativos que
não estão disponíveis na App Store, é o motivo da maior quantidade de
vulnerabilidades descobertas no iOS. "Para fazer o jailbreak de um
dispositivo, o usuário precisa explorar uma vulnerabilidade do software",
diz a equipe da Symantec.
Apesar de não ser um procedimento
seguro e ser condenado pela Apple, isso estimulou a busca por novas
vulnerabilidades do iOS que, em 2012, chegaram a 387. No caso do Android,
apenas 13 brechas de segurança foram registradas no mesmo período.
Tipos de ataques
Segundo Carrareto, além das ameaças que roubam
dados do usuário, os dispositivos móveis também sofrem com malware que
funcionam como os vírus tradicionais para PCs. Cerca de 26% do total de malware
móvel identificado pela Symantec é deste tipo, o que indica que os
cibercriminosos estão migrando técnicas já estabelecidas para celulares e
tablets.
Além disso, há ameaças que controlam
o celular do usuário para enviar mensagens de spam para os contatos ou
mensagens de texto (SMS) para números promocionais, que direcionam o valor do
custo da mensagem para um cibercriminoso. Algumas das ameaças encontradas (9%)
também tentavam alterar configurações do aparelho do usuário.
Google reage
De acordo com a Symantec, por conta
do alto número de ameaças direcionadas ao sistema Android, o Google tem se
esforçado para prevenir ataques. De acordo com a Symantec, com o lançamento da
versão 4.2, o Google apresentou um recurso que pede uma confirmação para o usuário
no caso do envio de uma mensagem para um número promocional. Contudo, apenas 2%
dos celulares com Android utilizam esta versão do sistema.
O Google também tem divulgado
rapidamente correções para vulnerabilidades encontradas no Android, segundo a
Symantec, mas a distribuição das atualizações para os usuários são lentas, em
virtude da análise de fabricantes e operadoras.
Números
97% de
todas as ameaças registradas pela Symantec em 2012 eram para Android
1 única
ameaça foi encontrada no período analisado no iOS,
da
Apple
26% do
total de malware móvel identificado pela Symantec são malware
9% das
ameaças tentavam alterar configurações do aparelho do usuário
Fonte: O Globo
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